USO DE FATORES BIOLÓGICOS E AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE VULNERABILIDADE DE BOSQUES DO MANGUEZAL DA BAÍA DE VITÓRIA, ES

Nome: GABRIELA CARVALHO ZAMPROGNO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/11/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MÔNICA MARIA PEREIRA TOGNELLA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MÔNICA MARIA PEREIRA TOGNELLA Orientador

Resumo: A Baía de Vitória é uma região estuarina de extrema importância sócio-econômica no Estado do Espírito Santo. Intervenções humanas tornam esse ecossistema mais vulnerável aos tensores naturais e antrópicos. Foi realizada uma análise multidisciplinar, buscando compreender as características intrínsecas que tornam um bosque mais ou menos sensível às alterações ambientais, por meio de metodologia quantitativa e qualitativa, com o objetivo de classificar os bosques em níveis de vulnerabilidade. Para tanto, foram analisados a estrutura da vegetação, variação espacial e temporal da fauna, distribuição de contaminantes do sedimento, morfodinâmica do sedimento superficial e fatores ambientais (características do sedimento e pressão urbana). Indicadores foram determinados para classificar os bosques em três níveis de vulnerabilidade. Foram estabelecidos 8 áreas, em cada área foram demarcadas parcelas em bosques de franja e de bacia, totalizando 16 pontos de amostragem. Em cada parcela foram verificados os dados de estrutura do bosque e quatro amostragens semestrais foram realizadas para verificação dos dados de granulometria e matéria orgânica do sedimento, caracterização da água intersticial, macrofauna e plântulas. Além disso, em cada ponto foram realizadas avaliações da morfologia superficial do sedimento do bosque e amostras de sedimento foram coletadas para análise de microcontaminantes orgânicos e elementos traço e maiores. Apesar de sujeito a diversos impactos antrópicos, o manguezal da Baía de Vitória contém bosques com diferentes graus de maturidade e heteregeneidade estrutural, sendo que as áreas mais distantes de impactos antrópicos diretos, porção interna da Baía, apresentam bosques com maior grau de desenvolvimento e qualidade ambiental em relação aos pontos mais próximos a pressões urbanas (esgoto, lixo, ocupação urbana, alteração na granulometria). Níveis intermediários de desenvolvimento também foram observados indicando pulsos de alterações ambientais. Esse estudo comprova que os pontos nas extremidades da Baía, submetidos a maior pressão antrópica, encontram-se mais degradados e contaminados pelos poluentes avaliados, sendo as áreas prioritárias para recuperação e manejo. Contudo, medidas de gestão devem ser definidas, inclusive nas áreas mais preservadas, pois a intensificação dos impactos poderá torná-lo mais vulnerável. Os indicadores bióticos e abióticos selecionados para esse estudo são bons estimadores na determinação dos níveis de vulnerabilidade do manguezal aos distúrbios futuros.

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