AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA COMO SUBSÍDIO AO MANEJO LACUSTRE (ESTUDO DE CASO: LAGOA JUPARANÃ, ES)
Nome: FABÍOLA CHRYSTIAN OLIVEIRA MARTINS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/10/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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GILBERTO FONSECA BARROSO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO VEIGA CARVALHO | Examinador Externo |
MÔNICA MARIA PEREIRA TOGNELLA | Examinador Interno |
PAULO PEDROSA ANDRADE | Examinador Externo |
RENATO DAVID GHISOLFI | Examinador Interno |
VALÉRIA DA SILVA QUARESMA | Examinador Interno |
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar as condições ambientais da lagoa Juparanã (ES) e sua respectiva bacia hidrográfica, através de indicadores biofísicos, relação com uso e ocupação da terra e aplicação do modelo conceitual DPSIR, visando uma abordagem integrada. Foram realizadas 11 amostragens ao longo de ciclo sazonal anual, sendo seis amostragens no verão e cinco no inverno em quatro estações amostrais e três profundidades: subsuperfície, limite da zona eufótica e fundo da coluna d‟água. As variáveis limnológicas abióticas avaliadas foram: temperatura, oxigênio dissolvidos, nutrientes, condutividade elétrica, pH, turbidez, material particulado em suspensão, transparência da água. A estabilidade da coluna d‟água foi determinada através do cálculo da resistência térmica relativa e o número de Wedderburn A comunidade fitoplanctônica foi avaliada através da densidade populacional, biovolume, riqueza de táxons e concentração de clorofila a. Além disso, foi determinado índice da estado trófico lacustre. O uso da terra foi determinado através de SIG. A lagoa Juparanã é um ecossistema aquático de águas doces, pH levemente alcalino, polimítico, com reduzida transparência e clorofila a e elevadas concentrações de fósforo e oxigênio dissolvido, caracterizando-a com meso a eutrófica. Estas características favoreceram o desenvolvimento do fitoplâncton, principalmente das cianobactérias que apresentaram densidades elevadas, predominando durante todo o estudo em todas as estações e profundidades amostrais, resultando em reduzido biovolume e riqueza de táxons. As variáveis limnológicas apresentaram diferenças significativas apenas entre o verão e o inverno. Com relação ao uso da terra, a agricultura predomina na bacia hidrográfica, seguida de pastagem, sendo a urbanização pouco expressiva, predominando na paisagem sistemas seminaturais. Os efeitos da agricultura e da pastagem contribuíram para os aportes alóctones de nutrientes para a lagoa, que é um ecossistema misturado, disponibilizando-os ao fitoplâncton. A classificação do uso da terra permitiu caracterizar as classes de uso como indutores de pressões ao ecossistema e as variáveis limnológicas funcionaram como indicadores de estado do mesmo. Desta forma, a aplicação do modelo DPSIR para avaliação ambiental integrada da lagoa Juparanã e sua bacia hidrográfica mostrou-se eficiente e de fácil aplicação pelo gestor, principalmente, pela viabilidade de respostas diferentes apontadas.