EFEITOS da Exposição ao Arsênio Sobre Juvenis de Robalo-peva Centropomusparallelus (teleostei: Centropomidae) em Diferentes Salinidades

Nome: RENATA CAIADO CAGNIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/04/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUIZ FERNANDO LOUREIRO FERNANDES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADALTO BIANCHINI Examinador Externo
LUIZ FERNANDO LOUREIRO FERNANDES Orientador
RENATO RODRIGUES NETO Examinador Interno

Resumo: O arsênio (As) é um metalóide amplamente distribuído na região costeira do Espírito Santo, fazendo com que os animais aquáticos fiquem expostos à toxicidade por ele provocada. Desta forma, determinar a toxicidade desse elemento sobre juvenis de robalo peva (Centropomusparallelus) a partir da avaliação de alterações bioquímicas é de grande importância, visto que se trata de uma espécie de grande relevância ecológica e econômica. Juvenis de C. paralellus foram expostos a 0.1, 1.25, 2.5 mg As/L (como As2O3) durante 96h e em salinidade 5 e 25. Foram verificados os efeitos do As sobre as defesas antioxidantes CAT, SOD e GSH nas brânquias, bem como os danos oxidativos a lipídios (LPO). Além disso, foi verificada a atividade da acetilcolinesterase (AChE) no cérebro e o consumo de oxigênio através da respirometria após as exposições. Com a especiação química do arsenito (iAsIII) nas soluções-teste, foi possível traçar um comparativo entre o comportamento do As nos ambientes experimentais e a efetiva absorção ocorrida nos bioensaios. Confirmou-se a alta toxicidade do As sobre os juvenis de robalo-peva a partir da observação da inibição das enzimas de defesa antioxidante CAT e SOD, e a diminuição dos níveis de GSH, primeira linha de ação contra as ROS. Com os mecanismos de defesa prejudicados, ocorreu a peroxidação lipídica nas brânquias em todas as concentrações. Da mesma forma, houve a diminuição no consumo de oxigênio, possivelmente pela deficiência no metabolismo energético causada pelo estresse oxidativo. A especiação mostrou a predominância de AsIII nas amostras de água dos bioensaios, onde houve uma nítida diminuição do arsenito após a exposição, sugerindo a absorção pelos organismos. Em todas as variáveis testadas não foram observados padrões de variação das respostas fisológicas entre as salinidades, e nem houve variação na composição química das soluções-teste, mostrando que este semi-metal é estável ao longo do tempo independente do meio de exposição. Esta pesquisa fornece dados inéditos acerca dos efeitos do arsênio sobre C. paralellus, um teleósteo marinho de grande importância, e ressalta a necessidade do biomonitoramento dos ecossistemas marinhos contaminados pelo As.

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