Minerais pesados e morfodinâmica das praias da planície deltaica do Rio Doce.

Nome: LUCAS BERMUDES DE CASTRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/05/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JACQUELINE ALBINO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JACQUELINE ALBINO Orientador
MARIA CRISTINA DE SOUZA Examinador Externo
VALÉRIA DA SILVA QUARESMA Examinador Interno

Resumo: No presente estudo os processos morfodinâmicos e sedimentares responsáveis pela distribuição e seleção de minerais pesados nas praias de um delta dominado por ondas são investigados. A planície deltaica do rio Doce apresenta sua evolução associada ao alto volume do aporte fluvial, às flutuações geológicas de nível do mar longo prazo e às variações dos processos oceanográficos de longo e curto prazo. Os resultados indicam que a proximidade com a desembocadura fluvial e a redistribuição de sedimento ao longo da costa pelas correntes longitudinais são responsáveis por uma gradação dos parâmetros morfológicos da praia entre as extremidades sul e norte da planície, como também nos parâmetros texturais dos sedimentos. Quanto às assembleias de minerais pesados, o estabelecimento de uma relação entre a morfodinâmica e a deposição das espécies minerais, é menos evidente, mas condicionada ao sentido predominante da deriva litorânea a partir da desembocadura. Desta forma os minerais menos densos e mais instáveis, como os anfibólios, acompanham o sentido resultante da corrente longitudinal e encontram-se associados às praias dissipativas, de baixa declividade e composta por areias finas, ao norte do rio Doce. Por outro lado, o enriquecimento por minerais mais densos e ultraestáveis, como monazitas, zircão e os minerais opacos ricos em ferro, foram mais comumente relacionados a praias ao sul da foz, de areias grossas e face praial inclinada. A análise da concentração dos minerais pesados em diferentes intervalos granulométricos permitiu concluir que, de forma geral, os minerais tendem a acompanhar a “lei da equivalência hidráulica” proposta por Rubey (1933), dada pela densidade e tamanho do grão. No entanto, além da textura do sedimento, a morfologia da praia e o padrão do espraiamento das ondas, processos hidrodinâmicos da praia, interferem na seleção dos minerais pesados na face praial, sugerindo a ocorrência de outros processos atuantes na distribuição e seleção dos minerais pesados, entre eles, o arrasto seletivo e a seleção por cisalhamento.

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