AVALIAÇÃO DA CORRENTE DO BRASIL EM UM CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS UTILIZANDO O MODELO BRASILEIRO DE SISTEMAS TERRESTRES (BESM)

Nome: JOÃO VICTOR CARMINATI KOPPE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/08/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RENATO DAVID GHISOLFI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
IURY ANGELO GONCALVES Examinador Interno
PETER ZAVIALOV Examinador Externo
RENATO DAVID GHISOLFI Orientador

Resumo: Este estudo avalia o desempenho das simulações da dinâmica oceânica reproduzidas com o modelo BESM-OA2.5 para o Oceano Atlântico Sul no período histórico e analisa as suas previsões para o final do século XXI, tendo por base o cenário RCP8.5 de mudança climática. O BESM é o Modelo Brasileiro de Sistemas Terrestres - Oceano Atmosfera versão 2.5 (BESM -OA2.5) desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que compôs o Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados fase 5 (CMIP5) para cenários de mudanças climáticas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Nesta avaliação foram analisadas seções paralelas ao equador em diferentes latitudes integradas na coluna de água os campos médios de velocidades, temperaturas, fluxos volumétrico e térmico ao longo de 255 anos de simulação utilizando dois experimentos, o histórico (emissões históricas de CO2) e o RCP8.5 -Representative Concentration Pathway- (projeção de emissões de CO2 ao longo do século XXI). Os dois experimentos também foram comparados entre si para períodos chave do experimento RCP8.5. Os resultados obtidos para o experimento histórico reproduzem satisfatoriamente o escoamento de larga escala do contorno oeste do Atlântico Sul (AS) e da Corrente do Brasil (CB). Para o final do século foram observadas mudanças na velocidade e temperatura das seções avaliadas que resultaram em alterações nos fluxos volumétrico e térmico no final do século XXI. Houve aumento dos transportes nas maiores latitudes avaliadas, diminuição dos transportes nas menores latitudes avaliadas e perda do sinal sazonal e energia dos eventos de transporte. Adicionalmente, foi observada diminuição do fluxo volumétrico na seção transoceânica em 25°S e aumento do fluxo de calor exportado para norte. Essas alterações se relacionam às anomalias de velocidade das correntes superficiais e profundas da Célula de Revolução Meridional do Atlântico (AMOC).

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