CULTIVO CONSORCIADO DE LAGOSTAS (PANULIRUS MERIPURPURATUS) EM UMA MARICULTURA MULTITRÓFICA EM GUARAPARI ES

Nome: MARCELO LACERDA TEIXEIRA DE SOUZA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/07/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUIZ FERNANDO LOUREIRO FERNANDES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOELSON MUSIELLO FERNANDES Examinador Externo
MAURÍCIO HOSTIM SILVA Examinador Interno
RENATO DAVID GHISOLFI Examinador Interno

Resumo: A maricultura é um ramo específico da aquicultura e engloba a produção de uma ampla variedade de organismos aquáticos marinhos e estuarinos. O principal entrave para o desenvolvimento de técnicas em maricultura de espécies de lagosta deve-se a longa duração dos estágios larvais, sendo o gênero Panulirus a mais longa e complexa de todos os crustáceos decápodes, levando até dois anos para metamorfose em puerulus. Neste sentindo, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade do cultivo de lagostas (Panulirus meripurpuratus), adquiridas através de captação passiva nos petrechos de cultivo de uma fazenda marinha, sob diferentes consórcios com ostras nativas, vieiras e sob um tanque de peixes. As formas jovens foram marcadas individualmente com um sistema de elastômeros fluorescente de Implante Visível (VIE) e os resultados demonstraram que que não houve diferenças significativas entre os tratamentos, os valores de comprimento total nos diferentes tratamentos variaram de 2,9 ±0,4 cm a 6,3 ± 0,8 cm no tratamento TANQUE, de 2,5 ±0,6 cm a 5,3 ± 0,6 cm no tratamento VIEIRA e de 2,9 ± 1,1 cm a 5,8 ± 1,1 cm no tratamento OSTRA. As taxas de sobrevivência foram de 60% para o tratamento TANQUE, 45% para o tratamento VIEIRA e 50% para o tratamento OSTRA. Foram registradas 55 mudas para o tratamento TANQUE e VIEIRA e 59 mudas para o tratamento OSTRA. A retenção das tags de VIE foi de 95,1%, não sendo levado em consideração o tratamento. O presente estudo mostrou que as formas jovens de lagosta da espécie P. meripurpuratus apresentam grande tolerância a diferentes métodos de cultivo, são resistentes a manejo, estocagem e disponibilidade de alimento. É possível incrementar a produção da fazenda marinha com a engorda e comercialização das lagostas sem aumentar custos, considerando uma dieta com os organismos já disponíveis na comunidade associada as estruturas de cultivo.

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