MANGUEZAL COMO SUMIDOURO DE METAIS TRAÇO UM ESTUDO DE CASO PARA Rhizophora mangle L.
Nome: ULLY DEPOLO BARCELOS
Data de publicação: 28/03/2023
Banca:
Nome | Papel |
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MONICA MARIA PEREIRA TOGNELLA | Presidente |
AGNALDO SILVA MARTINS | Examinador Interno |
RENATO DAVID GHISOLFI | Examinador Interno |
KÁTIA NAOMI KUROSHIMA | Examinador Externo |
VIVIANE FERNANDEZ DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
Resumo: Manguezais são ambientes altamente produtivos e resilientes. Contudo as pressões antrópicas associadas aos tensores naturais faz com que esta resiliência diminua. Os metais traço estão entre os principais poluentes de origem antrópica que atingem os manguezais. Florestas de mangue são consideradas sumidouros destes poluentes pela capacidade de retenção no sedimento e na biomassa vegetal. Este trabalho foi desenvolvido a partir do cultivo ex situ de plântulas de Rhizophora mangle L. cultivadas em diferentes concentrações de ferro (Fe) e alumínio (Al). Está tese é composta por três capítulos. O primeiro avaliou o efeito do Fe no desenvolvimento, crescimento e fisiologia de plântulas de R. mangle. Ao final do experimento foi observada uma redução do desempenho fotossintético, redução da produção foliar na maior concentração (315 mol L -1). Quanto maior a concentração do metal no meio de cultivo maior foi a bioacumulação do Fe na biomassa vegetal, sendo as raízes responsáveis pelo maior acúmulo. O segundo capítulo analisou as respostas morfológicas e fisiológicas de plântulas de R. mangle em diferentes concentrações de Al. As plântulas expostas ao excesso de Al apresentaram uma redução no desempenho fotossintético e redução da biomassa das raízes. As raízes também foram responsáveis pelo maior acúmulo de Al em relação a parte aérea. Esta resposta similar para os dois metais sugere que a espécie possui mecanismos de defesa para impedir a entrada de metais sobretudo quando estes estão em concentrações elevadas, como por exemplo, o processo de ultrafiltração. Os resultados apresentados evidenciam a plasticidade da espécie em lidar com tensores. O terceiro capítulo teve como objetivo definir o tamanho de amostra e de parcela em experimentos ex situ que utilizam propágulos de R. mangle. Foram utilizados parâmetros morfológicos (massa fresca, comprimento, diâmetro basal do meio e apical) dos propágulos coletados na foz natural do estuário do rio Itaúnas em seis épocas distintas. Inicialmente foram realizadas estatísticas descritivas juntamente com medidas de correlação linear e teste de normalidade as metodologias do dimensionamento amostral e do tamanho ótimo de parcela (top) foram definidas. Para experimentos que não envolvem delineamento experimental (i.e: sol e sombra) a quantidade de propágulos utilizadas é determinado por estimação intervalar bootstrap onde o N será definido em função dos erros tolerados em torno da média. Para a determinação do tamanho ótimo de parcelas para instalação de experimentos nos delineamentos inteiramente casualizados (DIC) e em blocos casualizados (DBC) Deve ser empregado o método de Hatheway. O número de propágulos por parcela será definido em função do número de tratamentos, repetições e precisão assumida. Esta definição do tamanho amostral e de parcela é importante haja vista que não existe uma padronização dos mesmos em experimentos in situ e ex situ com plântulas de mangue.