DECÁPODES Holo e Meroplanctônicos do Atlântico Sul Subtropical

Nome: ANDRÉ MARAFON DE ALMEIDA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 12/05/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUIZ FERNANDO LOUREIRO FERNANDES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDREA SANTAROSA FREIRE Examinador Externo
LEVY DE CARVALHO GOMES Examinador Externo
LUIZ FERNANDO LOUREIRO FERNANDES Orientador

Resumo: O presente estudo descreve a variação espacial de decápodes holo e meroplanctônicos em uma região peculiar do Atlântico Sul subtropical, que abrange importantes características oceanográficas, como as Correntes do Brasil (CB) e Malvinas (CM), a Convergência Subtropical, a recirculação da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), Corrente do Atlântico Sul (CAS), Corrente Sul Equatorial (CSE), e o sistema de Correntes de Benguela (CBg) e Agulhas (CA). Abrangendo uma área com importantes feições geológicas, como a Cordilheira Meso-Oceânica a Cadeia de Bancos Submarinos Vitória-Trindade a Elevação do Rio Grande e a Cordilheira de Walvis. Foram realizadas coletas de decápodes holo e meroplanctônicos em duas campanhas, totalizando 114 amostras de zooplâncton. A primeira campanha abrangeu 31 amostras coletadas sobre a Cadeia de Bancos Submarinos Vitória-Trindade e região adjacente, em novembro e dezembro de 2011, e a segunda, 83 amostras coletadas de outubro a dezembro de 2009, em dois perfis latitudinais, ente o Brasil e a África (20° e 30°S), no giro subtropical do Atlântico Sul. Na primeira foram identificadas um total de 30 Famílias de decápodes holo e meroplanctônicos, divididos em 85 táxons, das quais 47 ocorreram exclusivamente sobre a cadeia Vitória-Trindade, 28 deles estiveram amplamente distribuídos na área de estudo e outros 10 ocorreram somente nas estações adjacentes de mar aberto Os índices ecológicos registrados ao longo da cadeia Vitória-Trindade indicam que esse é um ambiente altamente rico e diverso, composto tanto por espécies de decápodes holo como meroplanctônicos, sendo esse um dos principais ambientes em termos de riqueza e diversidade de decápodes planctônicos do Atlântico Sul. Na segunda campanha os decápodes holo e meroplanctônicos foram avaliados em três setores longitudinais, setor Oeste (SW), setor Central (SC) e setor Leste (SE) entre os dois perfis latitudinais de 20°-30°S. Os decápodes holo e meroplanctônicos ocorreram em 31 das 83 estações. Foram identificados 22 táxons pertencentes a 10 Famílias: Penaeidae, Luciferidae, Sergestidae, Oplophoridae, Disciadidae, Palaemonidae, Callianassidae, Axiidae, Portunidae e Galatheidae. De forma geral não foram notadas variações latitudinais de abundância, diversidade e equitabilidade dos decápodes holo e mero planctônicos. As análises de agrupamento, similaridade e de variância nos permitem concluir que os decápodes holo e meroplanctônicos estão distribuídos de forma heterogênea ao longo dos setores analisados. Os resultados indicam que a camada epipelágica do Atlântico Sul subtropical nas latitudes de 20 e 30°S apresentam baixa riqueza, abundância e diversidade de decápodes holo e meroplanctônicos as quais estão correlacionadas positivamente com as maiores temperaturas e salinidades notadas no SW da área de estudo, esses fatores abióticos se mostraram limitantes na distribuição espacial desses crustáceos no Atlântico Sul subtropical.

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