ECOHIDROLOGIA E GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS EM UMA BACIA LACUSTRE COSTEIRA (LAGO NOVA, LINHARES, ES)

Nome: MÔNICA AMORIM GONÇALVES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 10/04/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILBERTO FONSECA BARROSO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAMILO DIAS JÚNIOR Examinador Externo
GILBERTO FONSECA BARROSO Orientador
VALÉRIA DA SILVA QUARESMA Examinador Interno

Resumo: O lago Nova (15,5 km2) e sua bacia hidrográfica (394,6 km2) localizam-se nos municípios de Linhares e Rio Bananal (ES). O lago, cuja origem está associada às flutuações do nível relativo do mar e a processos neotectônicos, faz parte do distrito lacustre do Baixo Rio Doce que possui cerca de 90 ecossistemas ainda pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica dos fluxos hidrológicos e de nutrientes da bacia hidrográfica para o lago buscando entender as relações entre a morfometria, a ecologia aquática, a fisiografia e os fluxos hidrológicos quanto à eutrofização do lago a fim de propor estratégias de gestão para a bacia lacustre. O lago Nova possui padrão monomítico quente com estratificação no período úmido e quente e desestratificação no período seco e frio, corroboradas pelo número de Wedderburn. A ação do vento na coluna dágua atinge 7 m e o tempo teórico de retenção é de 13,4 anos. O lago apresenta transparência elevada e turbidez reduzida. Maiores concentrações de nutrientes e densidade de cianobactérias (máxima densidade de cianobactérias = 1945,6 Ind.mL-1) foram registradas no período úmido e quente. As cianobactérias representaram 53% dos organismos fitoplanctônicos com duas espécies abundantes, Limnothrix sp. e Sinechocystis aquatilis, potenciais produtoras de toxinas. O índice de estado trófico qualificou o lago como oligotrófico. Bacia e subbacias possuem porte pequeno a médio, desenvolvimento de drenagem intermediário, formato alongado e irregular com baixa predisposição a enchentes e relevo ondulado. O rio Bananal (subbacia 2), principal afluente do lago, é responsável por 83,6% da descarga de água, 87,3% do fluxo de material em suspensão, 87,2% do fósforo total, 69,4% do fósforo solúvel reativo, 96,5% do nitrogênio total, 98,4% do nitrato, 80,5% do nitrito e 65,4% da amônia que entram no lago oriundos dos córregos afluentes. A abordagem DPSIR foi utilizada para a integração dos resultados da morfometria, ecologia lacustre, fisiografia e hidrologia da bacia como subsídio às respostas de gestão para controle e prevenção da eutrofização no lago. Agricultura, pecuária e captação de água foram identificados como os principais indutores na bacia desencadeando pressões como desmatamento, maior escoamento e fluxos de nutrientes e maiores densidades de cianobactérias. As respostas de gestão incluem estratégias de natureza regulatória, legislativa, corretiva, compensatória e preventiva. Os resultados deste estudo apontam que o lago e sua bacia apresentam boas condições ambientais. Contudo, a intensificação das pressões e impactos pode ocorrer caso medidas de gestão não sejam empreendidas.

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